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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel promete integrar Gaza a programa de isenção de visto dos EUA

Boeing 737-958 da companhia israelense El Al no aeroporto Ben Gurion em Lod, a leste de Tel Aviv, 3 de agosto de 2020 [Jack Guez/AFP/Getty Images]

Israel cedeu à demanda dos Estados Unidos para que americanos radicados na Faixa de Gaza realizem viagens via aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv, em meio a negociações sobre a isenção de visto entre as partes.

As informações são da agência de notícias Reuters.

Segundo Gil Bringer, diretor do programa israelense, entre cem a 130 palestino-americanos residem em Gaza. Como parte dos testes, aqueles que cumprirem critérios de segurança de Israel serão elegíveis a entrar no país com visto de turismo B2 e então seguir viagem.

Palestino-americanos de Gaza poderão permanecer em Israel como turistas por três meses, segundo os relatos.

O serviço de segurança Shin Bet e o exército israelense, porém, expressaram ressalvas.

Israel busca acesso ao programa de isenção de visto há anos, para que seus cidadãos entrem livremente nos Estados Unidos. Contudo, avanços foram protelados devido às restrições aos palestino-americanos impostas pela ocupação na Cisjordânia.

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Até então, a maioria dos palestinos tem de realizar viagens através da Jordânia, ao cruzar a fronteira por terra sob diversos abusos e obstáculos instaurados por Israel.

Bringer disse à rádio militar israelense que seu país cumprirá as demandas até o prazo de 30 de setembro, de modo que a isenção deve entrar em vigor até novembro. Confiante, Bringer prometeu  que o acordo será concluído dentro de sete semanas.

Laços entre Washington e Tel Aviv – aliados históricos – sofrem tensões devido à escalada de políticas nocivas aos palestinos, estabelecidas pelo governo linha-dura do premiê Benjamin Netanyahu, além de seu plano de retirar poderes do judiciário.

Israel está envolto em protestos de massa desde janeiro devido à reforma judicial. Críticos advertem para danos de investimentos e relações públicas, incluindo prejuízo à imagem da “democracia” em Israel.

A questão dos vistos voltou à tona durante a visita do presidente israelense, Isaac Herzog, à Casa Branca, em julho. Segundo uma fonte anônima, Herzog e seu homólogo americano, Joe Biden, “retomaram o progresso de modo que se espera concluir a matéria em breve”.

O Instituto Árabe Americano calcula que há entre 122.500 a 220 mil americanos com raízes palestinas. Washington estima que entre 45 mil e 60 mil deles residem na Cisjordânia. Israel reduz os índices, ao alegar que há entre 70 mil e 90 mil palestino-americanos no mundo, dos quais 15 mil a 20 mil residem na Cisjordânia.

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