Israel transfere colono responsável por matar jovem palestino a prisão domiciliar

A Corte de Magistrados de Israel decidiu nesta terça-feira (8) transferir Elisha Yared, acusado de assassinar o jovem palestino Qusai Jamal Maatan (19), a prisão domiciliar.

O assassinato ocorreu na sexta-feira passada (4), na aldeia de Burqa, a leste de Ramallah, na Cisjordânia ocupada. Yared reside no posto avançado ilegal Ramat Migron, entre Ramallah e Jerusalém.

O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, ordenou o encaminhamento do caso à polícia para acelerar a libertação de Yared. Ben-Gvir sugeriu entregá-lo uma medalha de honra em vez de prendê-lo por matar um palestino.

À televisão local, fontes do governo disseram ser difícil indiciá-lo por homicídio doloso, pois Yared estaria ferido na ocasião de sua prisão, o que supostamente favorece sua alegação de autodefesa.

Na sexta-feira, contudo, colonos atacaram Burqa, como parte de uma onda de pogroms na Cisjordânia ocupada, instigados por ministros de extrema-direita do governo de Israel. Além do falecimento de Qusai, três palestinos ficaram feridos.

Sete colonos, incluindo Yared, foram presos no sábado (5) para prestar depoimento.

Israel raramente indicia colonos por violações contra os palestinos. Todos os assentamentos nas terras ocupadas são ilegais conforme o direito internacional. A Cisjordânia vive um surto de violência devido a ataques coloniais e incursões militares da ocupação.

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