Judiciário de Israel apoia violência colonial, alerta Hamas

O movimento Hamas condenou nesta quarta-feira (9) o judiciário israelense por transferir à prisão domiciliar o principal suspeito de assassinar Qusai Jamal Maatan, de apenas 19 anos, na Cisjordânia ocupada.

Maatan foi morto durante uma agressão terrorista perpetrada por colonos contra a aldeia de Burqa, na periferia de Ramallah, na sexta-feira (4).

“A decisão do judiciário ocupante indica com clareza o apoio do governo fascista aos colonos ilegais”, declarou o Hamas. “Este ato não somente dá proteção a colonos terroristas, mas os encoraja a seguir impunemente com seus crimes e violações”.

“Este veredito volta a refletir a cumplicidade e o papel do sistema judiciário da ocupação em promover atos de terrorismo perpetrados pelos colonizadores israelenses contra palestinos desarmados e indefesos”, concluiu o grupo de resistência.

Na terça-feira (8), a Corte de Magistrados de Israel estipulou a transferência do colono Elisha Yared à prisão domiciliar. Yared reside no posto avançado ilegal de Ramat Migron, instalado entre Ramallah e Jerusalém.

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O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, ordenou o encaminhamento do caso à polícia para acelerar a libertação de Yared. Ben-Gvir sugeriu entregá-lo uma medalha de honra em vez de prendê-lo por matar um palestino.

Israel raramente indicia colonos por agressões contra os palestinos, incluindo assassinato.

Todos os assentamentos nas terras ocupadas são ilegais sob a lei internacional. A Cisjordânia vive um surto de violência devido a ataques coloniais e incursões militares da ocupação.

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