O presidente sírio Bashar al-Assad afirmou à rede de televisão emiradense Sky News Arabia que seu país não foi convidado pelos Estados Unidos às conversas para normalizar relações com o Estado de Israel.
“Os americanos sabem da posição da liderança síria, inalterada desde o início das conversas de paz em 1990”, declarou Assad.
“E se Israel não está disposto a devolver nossas terras, não temos razão para perder tempo”, acrescentou em referência às colinas de Golã.
Assad alegou ter ciência, desde o início da guerra civil em seu país – deflagrado pela brutal repressão do regime a protestos por democracia –, que a crise seria duradoura, ao apontar que a possibilidade de sua renúncia inexiste.
Sobre a questão dos refugiados sírios, Assad disse que o maior desafio para o retorno a suas terras é a reconstrução da infraestrutura nacional, destruída por “terroristas”.
Israel capturou Golã em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Em 1981, anexou o território sírio, avanço jamais reconhecido pela comunidade internacional. Em 2020, o então presidente americano, Donald Trump, reconheceu a “soberania” de Israel sobre Golã.
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