O secretário de Estado Antony Blinken negou nesta terça-feira (15) que haja uma mudança de posição política dos Estados Unidos sobre Teerã após um acordo de troca de prisioneiros firmado na semana passada.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“O acordo pelo qual buscamos o retorno à casa daqueles detidos erroneamente no Irã é um assunto absolutamente distinto que queríamos solucionar”, afirmou Blinken a jornalistas. “É importante notar que continuamos a exercer esforços vigorosos para responder a toda uma gama de ações tomadas por Teerã as quais objetamos veementemente, assim como muitos outros países em todo o mundo”.
O chefe de diplomacia de Washington reiterou que seu governo mantém uma série de ações mesmo após o acordo, incluindo sanções econômicas e posicionamento de tropas no Golfo Pérsico, com o pretexto de proteger rotas de navegação internacional.
“Há uma longa lista de coisas nas quais o Irã está engajado e uma longa lista de medidas que continuamos a rechaçar”, acrescentou Blinken.
LEIA: Khamenei acusa EUA de encorajar contrabandistas no Golfo
Siamak Namazi, Morad Tahbaz, Emad Shargi e dois outros detidos que preferiram conservar seu anonimato foram transferidos à prisão domiciliar, confirmou a administração americana na última quinta-feira (10).
A medida é parte de um acordo conforme o qual a Casa Branca deve libertar cinco cidadãos iranianos e suspender a retenção de US$6 bilhões em recursos públicos de Teerã retidos em bancos da Coreia do Sul.
Washington insiste que os termos do acordo ainda estão em fase de conclusão, ao prometer restrições sobre a forma como Teerã obterá acesso aos recursos. Segundo John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, a gestão americana terá “plena visibilidade” sobre o uso dos bens.