Anistia pede soltura imediata de Walid Daqqah das cadeias de Israel

Nesta quarta-feira (16), a Anistia Internacional reafirmou apelos para que as autoridades da ocupação israelense libertem imediatamente o prisioneiro palestino Walid Daqqah, descrito como paciente terminal, para que tenha acesso a cuidados médicos especializados e passe o restante de sua vida ao lado da família.

“Walid Daqqah, de 62 anos de idade, sofre de doença pulmonar crônica e leucemia”, alertou a Anistia em nota, ao reiterar que a clínica da penitenciária israelense de Ayalon carece dos equipamentos adequados para tratar seu caso.

“Logo após seu diagnóstico de câncer, no ano passado, o Serviço Penitenciário de Israel (SPI) negou a Daqqah acesso a um transplante de medula que poderia salvar sua vida, ao rejeitar sua transferência a um hospital civil”.

Heba Morayef, diretora da Anistia para Oriente Médio e Norte da África, comentou: “O caso de Walid Daqqah demonstra a crueldade do sistema de justiça de Israel sobre os palestinos, incluindo aqueles com doenças graves ou pacientes terminais”.

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“As condições de saúde de Walid se deterioraram devido à negligência médica por parte do Serviço Penitenciário de Israel”, destacou Morayef. “Quando teve um derrame neste ano, as autoridades negaram transferi-lo a um hospital adequado por 11 dias, atraso que incidiu em complicações e risco de vida”.

Segundo o relato, Walid enfrenta agora a possibilidade de uma morte lenta e dolorosa atrás das grades. “Negar o acesso médico adequado a prisioneiros viola os padrões internacionais e pode equivaler a tortura”, acrescentou Morayef.

“As autoridades israelenses devem deferir a soltura humanitária de Walid Daqqah assim que possível e assegurar que receba o tratamento médico que tanto precisa”, reiterou.

Daqqah serviu uma pena de 37 anos de prisão acusado de matar um soldado israelense em 1984. Daqqah seria libertado em março de 2023; contudo, em 2018, voltou a ser condenado a mais dois anos de prisão acusado de contrabandear celulares na cadeia.

“Sua soltura está prevista para março de 2025”, observou a Anistia. “Esta é uma data que ele provavelmente não verá”.

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