O governo do Paraguai pretende transferir sua embaixada para Israel da cidade de Tel Aviv a Jerusalém ocupada até o final do ano, afirmou nesta quarta-feira (16) o ministro de Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen.
Horas antes, o novo presidente paraguaio, Santiago Peña, assumiu posse durante cerimônia realizada na terça-feira (15) na capital Assunção, com a presença de vários líderes e políticos globais, incluindo Cohen e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
“A abertura de uma embaixada paraguaia em Jerusalém, junto da embaixada israelense em Assunção, fortalecerá a posição regional e internacional de Israel assim como os importantes laços entre nossos países”, declarou Cohen.
“Continuaremos a robustecer nosso vínculo histórico com as nações da América Latina, que apoiam há muito tempo o Estado de Israel e o povo judeu”, acrescentou. “Continuamos a consolidar o status internacional de Jerusalém como capital eterna de Israel”.
Após expropriar a porção ocidental da cidade durante a Nakba, ou “catástrofe” palestina, via limpeza étnica, em maio de 1948, Israel ocupou a parte restante em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. Em 1980, anexou a cidade, em flagrante violação da lei internacional.
O Paraguai foi um dos países a declarar apoio aos esforços do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em favor de Israel, em meados de 2018. Trump reconheceu a cidade como capital do Estado colonial sionista e transferiu sua embaixada à cidade ocupada.
Desde então, o governo paraguaio promete seguir seus passos. Contudo, a posição oficial foi revertida com a eleição e posse de Mário Abdo como presidente, em 2022. Israel respondeu ao fechar sua embaixada em Assunção e pedir o retorno de seu emissário-chefe.
Caso Peña cumpra a promessa, o Paraguai se tornará o quinto país a transferir sua missão de diplomacia a Jerusalém, após Kosovo, Honduras, Guatemala e Estados Unidos.
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