A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) suspendeu seus serviços no maior campo de refugiados palestino do Líbano, em protesto à presença de combatentes armados nos arredores de escolas e outras instalações locais.
As informações são da agência de notícias Reuters.
Confrontos mortais eclodiram em Ain el-Hilweh em julho, após atiradores ligados a grupos islâmicos executarem Mahmoud Khalil, membro do partido Fatah.
Centenas de pessoas deixaram o campo desde então.
“A agência não tolera ações que rompem a neutralidade de suas instalações”, confirmou a UNRWA em comunicado. “Reiteramos nosso apelo a todos os agentes armados que deixem as instalações imediatamente, para garantir a assistência necessária aos refugiados”.
As escolas do campo devem deixar, portanto, de prestar serviço a 3.200 crianças no começo do ano letivo.
Cerca de 400 mil refugiados vivem em 12 campos palestinos no Líbano, estabelecidos após a Nakba – ou “catástrofe”, quando foi criado o Estado de Israel, mediante limpeza étnica, em maio de 1948.
Criada em 1949, a UNRWA fornece serviços públicos essenciais – como educação, saúde e socorro humanitário – a palestinos em Gaza, Cisjordânia, Jordânia, Síria e Líbano.
LEIA: A incômoda verdade sobre Ain Al-Hilweh, a capital do ‘shatat’ e da agonia palestina