União Europeia é acusada de discriminar refugiados

A União Europeia foi acusada de implementar políticas que discriminam entre refugiados da Ucrânia e aqueles oriundos de países asiáticos e africanos, reportou a agência Anadolu.

Dentre os críticos, está Filippo Grandi, comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Refugiados, que denunciou abordagens distintas a refugiados negros e caucasianos, muito embora a razão de seu asilo seja similar: guerras e conflitos armados.

Estados europeus rapidamente se mobilizaram para ajudar os refugiados em fuga da invasão militar russa contra a Ucrânia, a partir de fevereiro de 2022. No entanto, não demonstram a mesma diligência a requerentes de asilo afegãos, iraquianos e africanos.

Neste contexto, diversos refugiados morreram de frio ou se afogaram a caminho da Europa, à medida que alguns países passaram a devolver suas barcas à deriva a águas internacionais. Tais medidas violam os princípios de provisão humanitária sem discriminação.

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O Human Rights Watch (HRW) reportou o padrão duplo da Europa sobre refugiados brancos e seus homólogos da Síria, Afeganistão, Palestina e Somália. Países como Bulgária, Espanha, Grécia e Polônia continuam a aplicar políticas de fronteira hostis.

Ao conversar com a Anadolu, Muhammed Shehada, diretor de comunicação do Monitor de Direitos Humanos Euromediterrâneo, ong sediada em Genebra, alertou que a discriminação da União Europeia entre refugiados se torna mais evidente a cada dia.

Por exemplo, práticas brutais contra requerentes de asilo nascidos no Irã, Afeganistão e Síria, perpetradas por Dinamarca, Bulgária, Grécia e Hungria, são ignoradas pelo bloco.

Tais práticas chegam a ser avalizadas por recursos da União Europeia, reiterou Shehada.

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