Ucrânia ameaça impedir israelenses de entrar no país

A Ucrânia ameaçou impedir cidadãos israelenses de entrar em seu território em resposta à deportação de refugiados ucranianos do Estado colonial sionista.

A proibição pode abarcar até mesmo peregrinos que costumam ir à cidade de Uman, a 200 km da capital Kiev, durante o Ano Novo Judaico (Rosh Hashanah), em setembro.

Na sexta-feira (18), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky instou “respeito aos direitos dos cidadãos ucranianos”, ao denunciar maus tratos e mesmo devoluções; porém, sem citar Israel. A mensagem, no entanto, foi confirmada no dia seguinte pelo embaixador da Ucrânia em Tel Aviv, Yevgen Korniychuk.

“O governo ucraniano não tolerará a humilhação de seus cidadãos ao entrar em Israel”, disse o embaixador, ao advertir para a suspensão de acordos de isenção de visto com o regime de apartheid. “A possibilidade está sobre a mesa”.

“É impensável recebermos dezenas de milhares de israelenses em Uman, sob alto risco de segurança e logística, enquanto Israel abusa de nossos cidadãos”, alertou Korniychuk. “Caso Israel queira que seus turistas entrem na Ucrânia, incluindo em Uman, o premiê [Benjamin] Netanyahu deve agir pessoalmente para solucionar o problema”.

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De sua parte, o ministro do Interior e da Saúde de Israel, Moshe Arbel, negou as acusações. “A política de imigração de Israel acolhe turistas de muitos países do mundo, entre os quais a Ucrânia”, alegou Arbel. “Quando há suspeitas de que usem visto de turismo para trabalhar ou se assentar ilegalmente, as autoridades de fronteira entram em ação”.

Segundo dados da embaixada ucraniana, divulgados pela rede Ynet News, Israel deportou ao menos 2.037 cidadãos do país leste-europeu somente no primeiro semestre de 2023, contra 2.705 em 2022.

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