O ex-primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, está detido sob constante vigilância de câmeras de circuito interno, denunciou seu partido político nesta segunda-feira (21), segundo informações da agência de notícias Anadolu.
Khan cumpre pena de três anos acusado de propina, mas seus correligionários denunciam perseguição política.
Ao citar um documento judicial, o Movimento Paquistanês por Justiça (PTI) afirmou que o ex-premiê sofre maus tratos na cadeia. Segundo a fonte, Khan se queixou a um juiz que visitou sua cela recentemente, na cidade de Attock, no noroeste do país.
A denúncia abarca vigilância 24 horas por dia de câmeras de segurança, sem privacidade para “defecar ou tomar banho”.
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“As preocupações expressas pelo prisioneiro são genuínas e uma violação do regulamento de custódia do Paquistão”, confirmou o documento, ao afirmar que as autoridades carcerárias prometeram abordar a matéria.
Em meio às queixas, o superintendente encarregado garantiu que Khan “terá acesso a sua esposa e seus advogados conforme as regras”.
Gohar Khan, advogado do ex-premiê, observou à Anadolu que sua equipe não recebeu uma cópia autenticada do mandado, de modo que não é possível confirmar a veracidade do processo. “Não estamos cientes da emissão de qualquer ordem do tipo”, declarou.
Khan foi condenado em 5 de agosto e teve seus direitos políticos cassados pelo período de cinco anos posteriormente.
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