Ao menos 18 palestinos ficaram feridos na cerca nominal da Faixa de Gaza sitiada, após forças israelenses dispararem gás lacrimogêneo e munição real contra um protesto pelos 54 anos do ataque incendiário à Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, perpetrado por um fundamentalista cristão.
Os feridos foram transferidos ao complexo médico de al-Shifa, na Cidade de Gaza.
O fotógrafo Muhammad Qandil foi levado às pressas ao hospital após ser atingido na pélvis por um bomba de gás lacrimogêneo.
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Em 21 de agosto de 1969, o cristão australiano Dennis Michael Rohan ateou fogo à Mesquita de Al-Qibli, no complexo de Al-Aqsa. Rohan justificou seu crime como “emissário do Senhor”, cujo intuito seria apressar o Segundo Advento de Cristo por meio da destruição do santuário islâmico para dar lugar ao Templo de Salomão.
Indícios jamais contestados apontam para envolvimento ativo de Israel no planejamento e facilitação do ataque.
Analistas veem a normalização da violência colonial sionista, incluindo esforços para erradicar o patrimônio palestino de sua terra ancestral, como fonte da mentalidade que engendrou o atentado, em 1969, assim como muitos outros desde então.