Forças da ocupação israelense mataram ao menos 200 palestinos neste ano, recorde desde 2005, reportou nesta segunda-feira (21) Tor Wennesland, emissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Oriente Médio, durante reunião do Conselho de Segurança em Nova York. Em contrapartida, apenas 30 israelenses faleceram no mesmo período.
Os índices já superam o total de mortos em 2022, estimados em 155 palestinos.
Wennesland denunciou a expansão em curso dos assentamentos como violação flagrante da lei internacional e obstáculo à paz, além da escalada de violência colonial contra aldeias palestinas e da campanha de demolição de casas na Cisjordânia ocupada.
“Embora tenhamos de nos concentrar com urgência nas questões mais críticas e na desescalada da situação em campo, não podemos ignorar a necessidade de restaurar um horizonte político”, reiterou Wennesland.
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Nas redes sociais, o diplomata complementou seu alerta com um apelo às lideranças relevantes para que “ajam para acalmar a situação”, ao lamentar a “espiral de violência que leva a lugar algum senão mais e mais derramamento de sangue”.
No período da manhã, soldados israelenses mataram um palestino de 17 anos durante invasão militar a Jenin, na Cisjordânia ocupada.
Segundo Fawaz Hamad, chefe do hospital al-Razi de Jenin, Othman Atef Abu Kharj faleceu após sofrer ferimentos graves nas mãos perpetrados por soldados da ocupação.
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