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Espanha contesta mapa controverso publicado pelo Marrocos

Soldados separatistas da Frente Polisario em Tifariti, no Saara Ocidental, em 27 de fevereiro de 2011 [Dominique Faget/AFP via Getty Images]

Políticos espanhóis responderam a um controverso mapa publicado recentemente no website da embaixada marroquina em Madrid, que mostra os enclaves de Ceuta e Melilla como pertencentes à monarquia norte-africana.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Segundo o mapa, todo o território disputado do Saara Ocidental pertence a Rabat.

Nesta terça-feira (22), o Ministério de Relações Exteriores da Espanha reforçou sua soberania sobre Ceuta e Melilla, embora ações efetivas contra a missão marroquina ainda sejam incertas.

Juan José Imbroda, presidente de Melilla, condenou o novo mapa como “agressão hostil” ao território. Na sexta-feira (18), Imbroda reivindicou do governo espanhol um “protesto formal” contra o Marrocos. No domingo (20), rechaçou a falta de resposta.

Na segunda-feira, Gloria Rojas, líder do Partido Socialista em Melilla, fez coro às críticas: “É intolerável que qualquer um, seja dentro ou fora de nossas fronteiras, questione nossa identidade espanhola. É bastante claro que Ceuta e Melilla são da Espanha. Fim da história”.

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O relacionamento entre Espanha e Marrocos é marcado por tribulações há anos. Tensões chegaram a um ponto alto em meados de 2021, quando Brahim Gali, líder do grupo separatista saharaui Frente Polisario, recebeu tratamento médico para covid-19 em solo espanhol. Rabat se queixou de não ter sido notificado sobre a medida.

Cerca de um mês depois, guardas de fronteira do Marrocos permitiram a passagem de oito mil refugiados ao enclave de Ceuta, o que levou a acusações espanholas de utilizar os refugiados como arma política.

Um ano depois, no entanto, Madrid fez um anúncio surpreendente, ao manifestar apoio ao plano marroquino sobre o Saara Ocidental, em aparente tentativa de remendar laços.

No início de 2023, ambas as nações realizaram sua primeira cúpula bilateral em oito anos, ao assinar 20 acordos e, como disse o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez, prometer “não ofender o outro lado, sobretudo no que se refere às esferas de soberania”.

A trégua não durou muito. Em maio, Madrid se queixou a Rabat por chamar Ceuta e Melilla de “cidades marroquinas” em documento enviado à União Europeia.

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