O Clube dos Prisioneiros Palestinos, ong que monitora os direitos humanos nos territórios ocupados, advertiu ontem (23) sobre a grave deterioração da saúde física e mental de Ahmed Manasra (21), em custódia de Israel desde os 13 anos de idade.
Segundo o alerta, a gestão carcerária israelense é absolutamente responsável pelo destino do prisioneiro palestino.
Seu advogado, Khaled Zabarqa, confirmou esforços ainda em curso para ao menos retirá-lo do confinamento solitário, onde Manasra está detido desde outubro de 2021.
Em março deste ano, uma corte israelense estendeu o confinamento solitário de Manasra pelo período de seis meses, a expirar em setembro.
Manasra foi preso em 2015, acusado junto de seu primo de 15 anos de esfaquear dois israelenses no assentamento ilegal de Pisgat Ze’ev, na Cisjordânia ocupada. Seu primo foi morto a tiros no local; Ahmad foi atropelado e, apesar de sofrer traumatismo craniano, foi brutalmente agredido por um grupo de colonos.
Após sua prisão, vídeos começaram a circular nas redes sociais, nos quais um jovem assustado era tratado e interrogado com violência por soldados armados sem a presença dos pais ou de representantes legais.
Manasra foi diagnosticado mais tarde com esquizofrenia. Um grupo de 36 psicólogos instou a presidência israelense a emitir um indulto humanitário a Manasra, devido aos riscos impostos pelo cárcere às condições de saúde mental do jovem palestino.
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