O Ministério de Relações Exteriores do Sudão cancelou os passaportes diplomáticos de representantes políticos e líderes do grupo paramilitar conhecido como Forças de Suporte Rápido (FSR), reportou a imprensa nesta quarta-feira (23).
Entre os afetados, estão o chefe do grupo, Mohamed Hamdan Dagalo (Hemedti), sua esposa, seu irmão e seu chefe de Estado-maior.
Segundo as informações, a decisão inclui ainda líderes das Forças pela Liberdade e Mudança, que reivindicam um governo civil no Estado norte-africano, incluindo Maryam al-Sadiq, Khaled Omar Youssef e Mohammed al-Faki Suleiman.
Segundo a agência de notícias Anadolu, passaportes do ex-premiê Abdullah Hamdok e de alguns de seus assessores também foram cancelados.
Neste entremeio, as Forças Armadas regulares e a coalizão paramilitar trocaram informações opostas sobre o controle do quartel-geral de blindados do sul de Cartum, que vivencia batalhas violentas há três dias.
O exército afirmou que seu corpo de blindados frustrou “uma tentativa de ataque das forças milicianas, que fugiram sob grandes perdas”. Segundo o relato, o exército regular “detém pleno controle sobre o quartel e está preparado para repelir novos ataques”.
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