Um relatório do Human Rights Watch (HRW) divulgado nesta segunda-feira (28) confirmou um pico na morte de crianças palestinas por ações de Israel na Cisjordânia ocupada.
Segundo o documento, embora 2022 seja o ano mais letal para crianças palestinas em 15 anos, a mortalidade de 2023 caminha para superar os recordes. Até agosto, ao menos 34 crianças foram assassinadas.
Bill Van Esveld, diretor associado da ong para os direitos da infância, destacou: “Soldados israelenses estão abatendo a tiros crianças palestinas que vivem sob ocupação, com uma frequência cada vez maior”.
Segundo Van Esveld, “a menos que os aliados de Israel, sobretudo os Estados Unidos, pressionem por mudança, mais e mais crianças serão mortas”.
O relatório reforça apelos para que Israel abandone sua política ilegal de uso de força letal contra os palestinos, incluindo menores de idade.
O Human Rights Watch instou o secretariado-geral das Nações Unidas a listar o exército israelense em seu relatório anual sobre graves violações contra crianças em situação de conflito, ao indicá-lo como responsável por matar e mutilar menores palestinos.
“Crianças palestinas vivem uma realidade de apartheid e violência estrutural, onde podem ser executadas a qualquer momento, sem qualquer possibilidade séria de justiça”, afirmou Van Esveld. “Os aliados de Israel têm de enfrentar essa dura realidade e criar esforços reais por justiça”.
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