O primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, afirmou que seu país “não está em guerra com Israel”, ao reiterar, no entanto, seu apoio à Iniciativa de Paz Árabe de 2002, promovida pela Arábia Saudita, segundo a qual o reconhecimento de Israel pede o estabelecimento de um Estado palestino com Jerusalém Oriental como sua capital.
O premiê fez seus comentários na sexta-feira (25) durante conferência do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), em Singapura, questionado sobre a possibilidade da normalização de laços entre Riad e Tel Aviv.
‘Qatar believes in the interdependence of the international community. This conviction makes it possible for us to have a strong commercial partnership with China, while maintaining our strategic alliance with the United States’ | @MBA_AlThani_ https://t.co/7gCjYMJEfv pic.twitter.com/uxJMMkB12z
— IISS News (@IISS_org) August 25, 2023
“Não temos nada oficial sobre quaisquer conversas entre Israel e Arábia Saudita; porém, no fim do dia, o Catar mantém a mesma posição: de que as decisões de política externa dos Estados-membros do Conselho de Cooperação do Golfo [CCG] se baseiam em análises individuais”, comentou al-Thani.
Atualmente, Emirados Árabes Unidos e Bahrein são os únicos membros do bloco a ter relações com o Estado ocupante, como parte dos Acordos de Abraão de 2020.
“Não estamos em guerra com Israel, mas há uma ocupação imposta sobre os palestinos”, acrescentou o premiê. “Portanto, qualquer acordo nosso com Israel não quer dizer paz, porque a paz só pode ser conquistada junto aos palestinos”.
Apesar de não ter relações formais com Israel, ao sediar a Copa do Mundo de Futebol FIFA de 2022, o Catar chegou a um acordo para permitir a entrada de torcedores israelenses no país, incluindo por voos diretos entre Tel Aviv e Doha.
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