Forças israelenses mataram 172 palestinos entre janeiro e agosto de 2023, comparado a 155 vítimas em todo o ano passado, reportou o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) em relatório emitido nesta segunda-feira (28).
O relatório quinzenal reiterou que 2022 “viu recorde de fatalidades na Cisjordânia e Jerusalém Oriental desde 2005”.
Nas duas semanas entre 8 e 21 de agosto, ao menos 559 palestinos, incluindo 148 menores de idade, foram feridos por ações israelenses na Cisjordânia ocupada – entre os quais, vinte e uma vítimas de munição real.
“Desde o início do ano, um total de 705 palestinos foram feridos por munição real disparada por tropas israelenses na Cisjordânia – quase o dobro de 2022, que fechou com 411 vítimas”, acrescentou o relatório.
“Dezesseis casas e uma estrutura agrária foram demolidas em caráter punitivo desde janeiro de 2023, contra 14 estruturas na totalidade de 2022 e três em 2021”, declarou o documento. “Demolições como essa equivalem a punição coletiva ilegal sob a lei internacional”.
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“Forças israelenses também restringiram o livre movimento de palestinos em várias áreas da Cisjordânia, ao prejudicar o acesso de milhares a serviços e meios de subsistência”, alertou o escritório das Nações Unidas.
Além disso, autoridades de Israel executaram 41 mandados de demolição ou apreensão contra 22 escolas na Área C da Cisjordânia desde 2010, sob o pretexto de falta de alvará emitido pela ocupação – isto é, de raríssimo acesso aos palestinos.