O Ministério de Relações Exteriores da Autoridade Palestina (AP) criticou propostas de Israel para expandir a rede de eletricidade a um posto avançado, situado ao sul da aldeia de Qasra, na região de Nablus, na Cisjordânia ocupada.
A chancelaria repudiou a medida como estratégia voltada à expropriação de mais terras palestinas, a fim de transformar postos coloniais em assentamentos ilegais plenamente estabelecidos, segundo informações são da agência de notícias Ma’an.
Segundo comunicado de Ramallah, trata-se de “parte integral do esquema colonial racista” da ocupação israelense.
A chancelaria condenou ainda a escalada de violência contra os palestinos, ao observar que agências das Nações Unidas registraram ao menos 591 incidentes que incorreram em baixas pessoais ou patrimoniais desde janeiro.
Dados publicados neste mês pela ong israelense Peace Now confirmaram recorde histórico na aprovação de obras coloniais na Cisjordânia ocupada, assim como decretos do gabinete de governo para “legalizar” postos avançados. Conforme o alerta, os primeiros sete meses de 2023 superaram a totalidade de todos os anos anteriores.
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Em junho, autoridades ocupantes anunciaram planos para acelerar o processo de aprovação de obras coloniais, ao conceder ao ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, infame parlamentar de extrema-direita, ainda mais poderes para expandir assentamentos.
Cerca de 700 mil colonos vivem em 164 assentamentos e 116 postos avançados na Cisjordânia. Todos os assentamentos e seus colonos são ilegais, conforme o direito internacional e resoluções das Nações Unidas.