Sob alertas de normalização, Arábia Saudita promete renovar ajuda a Ramallah

A Arábia Saudita propôs renovar sua assistência financeira à Autoridade Palestina (AP), à medida que analistas avaliam que pode se tratar de uma tática para obter a anuência de Ramallah à eventual normalização entre a monarquia e o Estado de Israel.

Segundo reportagem publicada nesta terça-feira (29) pelo Wall Street Journal, o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, fez sua proposta durante visita do presidente palestino Mahmoud Abbas a seu país, em abril desde ano.

A ajuda foi suspensa por completo em 2016, sob alegações de corrupção.

Segundo as informações, bin Salman condicionou os fundos à contenção da resistência palestina na Cisjordânia e Gaza.

Não há confirmação oficial sobre os motivos por trás das promessas de bin Salman, que insiste que qualquer eventual acordo não deve prejudicar esforços para estabelecer um Estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital.

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Fontes sauditas negaram relação entre as matérias, apesar das especulações. Conforme relatos, contudo, Riad considera o apoio de Ramallah como componente essencial para estabilizar o contexto imediato ao pacto, ao lhe dar um verniz de legitimidade. A ideia é também reagir a acusações de que a monarquia age em detrimento da causa palestina.

Apesar da suposta estratégia, há dúvidas de sua eficácia entre a população saudita e outras comunidades do mundo islâmico, considerando ainda a crise política de própria Autoridade Palestina, que carece de mandato democrático.

Sob incisivos esforços dos Estados Unidos para normalizar laços entre Riad e Tel Aviv, o reino sempre buscou reforçar publicamente seu compromisso aos direitos palestinos.

Neste mês, a Casa Branca informou Israel que deve propor concessões caso queira realmente firmar um acordo com a nação do Golfo.

Apesar da pressão americana, extremistas do governo israelense agem no sentido contrário. Na segunda-feira (28), o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, enfatizou que seu governo não cederá um passo sequer.

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