O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reafirmou nesta segunda-feira (4) que o acordo que permitia à Ucrânia exportar grãos por um corredor seguro no mar Negro, mesmo durante a guerra, não será retomado até que os países ocidentais cumpram as demandas do Kremlim sobre suas próprias exportações agrícolas.
As informações são da rede de notícias Associated Press (AP).
Segundo relatos, o governo ucraniano e países aliados rejeitaram as demandas de Moscou como um esquema para avançar em interesses próprios.
Os comentários de Putin constituem um revés nas esperanças de que sua reunião com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pudesse culminar na retomada do tratado, considerado vital para o fornecimento de alimentos a todo o planeta – sobretudo países carentes de Oriente Médio, África e Ásia.
Putin repetiu suas queixas a Erdogan e disse a jornalistas que, caso os compromissos sejam cumpridos, a Rússia poderá reaver o pacto “dentro de dias”.
O presidente turco insistiu ter esperanças de um avanço em breve. Erdogan confirmou que seu governo e a Organização das Nações Unidas (ONU) – que mediaram o acordo original – apresentaram um novo pacote de propostas para tentar desobstruir a matéria.
“Acredito que chegaremos a uma solução que atenderá a todas as expectativas sem muita demora”, comentou vagamente Erdogan durante coletiva de imprensa conduzida junto de Putin no balneário de Sochi, na Rússia.
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