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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

AP promete aceitar normalização saudita-israelense, alega diplomata dos EUA

Presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas [Jeenah Moon/Bloomberg via Getty Images]

A Autoridade Palestina (AP) prometeu não rejeitar publicamente a eventual normalização de laços entre Arábia Saudita e Israel, afirmou nesta terça-feira o site de notícias Media Line, ao citar um diplomata do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Conforme seu relato, a ideia é não comprometer ou constranger a monarquia.

O governo de Joe Biden trabalha junto ao reino para estabelecer relações com o Estado ocupante, às vésperas da corrida eleitoral à Casa Branca.

A proposta inclui um pacote político e econômico, na tentativa de aplacar a indignação entre palestinos, árabes e muçulmanos.

Em 2020, críticas e protestos sucederam os Acordos de Abraão, mediados pelo ex-presidente americano Donald Trump, sob os quais Emirados Árabes Unidos e Bahrein – então, Marrocos e Sudão – capitularam a Tel Aviv.

Segundo a fonte, as conversas se concentram em um “generoso pacote fiscal que deve dar fôlego à economia palestina sob a crise corrente”.

A reportagem mencionou um suposto oficial da Autoridade Palestina que argumentou: “A Arábia Saudita é uma potência com enorme peso político e recursos naturais e não temos chance de contrariá-la. Portanto, queremos ser incluídos nas negociações”.

Nour Odeh, ex-oficial palestino sediado em Ramallah, reconheceu à Media Line que a monarquia do Golfo “tentará comprar o consentimento” da Autoridade chefiada pelo presidente octogenário Mahmoud Abbas.

Um eventual aval de seu governo, no entanto, deve minar ainda mais sua legitimidade entre a população, à medida que carece de voto democrático ou resultados efetivos para conter as ameaças e violações da ocupação israelense.

Apesar dos esforços, Riad hesita em consolidar laços com Israel, ao condicioná-los à criação de um Estado palestino nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital. Israel, por sua vez, teme o acordo de defesa a ser firmado com o Pentágono, assim como possíveis concessões ao programa nuclear saudita e suas repercussões na região.

Nesta conjuntura volátil, Washington deixou claro ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que será preciso ceder ligeiramente aos palestinos para conquistar um acordo. Seu governo de extrema-direita, porém, rejeitou a possibilidade até então.

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