Israel realiza supostas conversas com lideranças palestinas como parte de seus esforços para normalizar relações com a Arábia Saudita, afirmou nesta segunda-feira (11) Tzachi Hanegbi, chefe do Conselho de Segurança Nacional do Estado sionista.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“Venho dialogando com eles em nome do primeiro-ministro [Benjamin Netanyahu] há oito meses”, alegou Hanegbi durante evento na Universidade Reichman, conforme o jornal Times of Israel. “As conversas ocorrem como parte de esforços quintipartites que incluem Jordânia, Egito e Estados Unidos”.
“Buscamos acordos de segurança para que assumam responsabilidade sobre suas vidas, de modo que as Forças de Defesa de Israel [sic; Forças Armadas] não tenham de entrar em seu lugar nos campos de refugiados de Nablus e Jenin”, destacou Hanegbi, em alusão aos atuais epicentros da resistência na Cisjordânia ocupada, sob frequente agressão israelense.
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Hanegbi destacou ainda que um acordo com a monarquia “deve provavelmente acontecer”. Suas declarações, porém, permanecem incertas, sem qualquer confirmação da Autoridade Palestina (AP) ou do governo da Arábia Saudita.
Em agosto, Hanegbi citou “progresso significativo” nas negociações com Riad e Washington. Oficiais israelenses insistem que um consenso está próximo, à medida que Joe Biden parece buscar uma vitória diplomática às vésperas do ano eleitoral.
A Arábia Saudita não tem relações com Israel e condiciona um acordo ao fim da ocupação de décadas sobre os territórios palestinos.
Seis países árabes têm laços com o regime ocupante: Egito, sob acordo firmado em 1979; Jordânia, em 1994; Emirados Árabes Unidos e Bahrein, em setembro de 2020, sob esforços do então presidente americano Donald Trump; e Sudão e Marrocos, no mesmo ano.
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