Um grupo de mais de 300 rabinos denunciou esforços de entidades sionistas para deturpar denúncias de antissemitismo.
O Congresso Central do Rabinato dos Estados Unidos e Canadá (CRC) criticou associações de lobby israelense, como a Liga Antidifamação (ADL) e Comitê de Assuntos Públicos EUA-Israel (AIPAC), por explorar o antissemitismo para proteger o Estado sionista de eventuais críticas.
“A Torá é a única autoridade do povo judeu; portanto, organizações como a ADL não falam em nosso nome”, enfatizou o rabinato. “Eles fazem o que é bom para seus interesses e não necessariamente o que é bom para o povo judeu”.
Não obstante, o grupo de rabinos rejeitou abordagens legítimas adotadas recentemente por judeus antissionistas, entre outros ativistas solidários à causa palestina: “Boicotes, sanções e coisas assim não são o caminho do Torá”, alegou o rabinato.
A coalizão explicou, contudo, que acusações falsas de antissemitismo prejudicam os judeus, ao beneficiar apenas uma agenda política do regime de Israel.
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“Dar atenção a cada ínfima infração apenas alimenta o ódio”, declarou o fórum. “Perdemos todos; ganham somente as agências israelenses de imigração, que buscam se beneficiar da escalada no antissemitismo contra nossa diáspora”.
Ao reiterar que o judaísmo é uma religião, e não uma ideologia, observaram os rabinos: “O sionismo nasceu com objetivo de transformar o judaísmo em um ideário nacionalista. Para tanto, criaram um Estado, um idioma e uma cultura. Naturalmente, é algo que dói a judeus tradicionais. O judaísmo exige que mostremos nosso repúdio a este projeto”.
Para os rabinos, é fundamental preservar o direito democrático de todos — incluindo judeus — para que critiquem livremente as práticas de qualquer país, incluindo Israel. “Associar tais críticas ao antissemitismo prejudica descaradamente a liberdade de expressão”.