Líderes sauditas asseguraram a uma delegação da Autoridade Palestina (AP) em visita a Riad, na semana passada, que “não abandonarão” a causa palestina ao conduzir negociações com os Estados Unidos sobre a eventual normalização de laços com o Estado de Israel.
As informações são do jornal Times of Israel, sob suposto contato com oficiais americanos e árabes — contudo, não identificados.
Segundo os rumores, a mensagem foi emitida durante sucessivas reuniões entre emissários do presidente palestino, Mahmoud Abbas, e membros de alto escalão da monarquia, dentre os quais o Ministro de Relações Exteriores, Faisal bin Farhan al-Saud.
A delegação contou a presença de Hussein al-Sheikh, secretário-geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP); Majed Faraj, diretor de inteligência da Autoridade Palestina; e Majdi al-Khalid, assessor de diplomacia de Abbas.
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O grupo debateu uma série de demandas a serem postas à mesa diante de negociações para normalizar laços entre Israel e Arábia Saudita.
Em agosto, fontes afirmaram ao Times of Israel que Ramallah buscava passos “irreversíveis” das partes envolvidas, dentre os quais: apoio da Casa Branca ao reconhecimento do Estado palestino como membro das Nações Unidas; reabertura do consulado americano na cidade de Jerusalém; revogação de peças legislativas que descrevem a Autoridade como “entidade terrorista”; transferência de territórios sob controle militar de Israel ao governo palestino; e desmantelamento de postos avançados ilegais na Cisjordânia.
Na quarta-feira (13), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, insistiu que Riad requereu de Washington avanços na “solução de dois Estados” como elemento basilar nas negociações.
“É evidente que, conforme dizem os sauditas, caso este processo avance, seus componentes palestinos serão fundamentais”, declarou Blinken ao podcast Pod Saves the World. “Trata-se claramente de algo muito importante para os sauditas ao firmar qualquer acordo. Portanto, temos de assumir que é importante para nós também”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contudo, busca minimizar as demandas sauditas referentes aos palestinos, ao indicar que não cederá aos esforços de paz.
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