A federação sindical britânica Trades Union Congress (TUC) — que representa a maior parte das entidades trabalhistas na Inglaterra e País de Gales — aprovou uma moção para reforçar seu “compromisso com o boicote a companhias que lucram com os assentamentos ilegais, a ocupação e a construção do muro [de apartheid]” na Cisjordânia.
O sindicato de 5.5 milhões de membros declarou nesta quarta-feira (13): “Devemos rejeitar qualquer tentativa de deslegitimar os apelos por Boicote, Desinvestimento e Sanções [BDS] e os direitos do povo palestino de recorrer ao apoio de cidadãos de consciência”.
“Este Congresso reafirma seu apoio aos direitos palestinos, incluindo nosso compromisso ao boicote a empresas que lucram com os assentamentos ilegais”, acrescentou a nota.
A federação condenou esforços restritivos do governo britânico para impedir que órgãos do Estado participem da campanha de boicote.
“É preciso defender a capacidade de autoridades públicas, incluindo fundos previdenciários, para que desinvestam de empresas responsáveis por abusos de direitos humanos”, destacou o comunicado. “Legislações como essa poderiam obstruir o boicote a companhias cúmplices do apartheid na África do Sul”.
Em junho, o parlamento britânico votou a favor de um projeto de lei que impede conselhos locais e outras instituições públicas de aderir ao boicote. O texto avança agora a sua terceira leitura na Câmara dos Comuns e nova análise da Câmara dos Lordes.
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