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Evacuação de Derna é provável devido a crise de saúde, afirma Crescente Vermelho

18 de setembro de 2023, às 15h57

Devastação causada por enchentes da tempestade mediterrânea Daniel, em Derna, na Líbia, em 16 de setembro de 2023 [Abdullah Mohammed Bonja/Agência Anadolu]

A evacuação da cidade de Derna, no leste da Líbia, após enchentes mortais varrerem a área na última semana, é provável, “a depender da situação de saúde em campo”, reconheceu o chefe nacional do Crescente Vermelho, Abdul Salam al-Hajj, nesta segunda-feira (18).

“Há riscos reais à medida que corpos continuam a céu aberto contaminando a água”, alertou al-Hajj em comentário concedido à agência de notícias Anadolu.

Derna foi a cidade mais atingida pelas inundações causadas pela tempestade mediterrânea Daniel, que atingiram a Líbia no domingo retrasado (10), varrendo casas e pessoas ao mar e rompendo duas barragens.

Milhares foram mortos e outros milhares continuam desaparecidos. Não há números exatos até então.

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De acordo com o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), ao menos 3.958 morreram no país devido às chuvas. Números prévios chegavam a até mesmo 11.300 vítimas.

Neste sábado (16), o ministro da Saúde do governo alternativo em Benghazi, Osama Hamad, declarou que 3.252 corpos foram sepultados até então.

Mais de 40 mil pessoas foram deslocadas, segundo a ONU. Conforme al-Hajj, são cerca de 20 mil deslocados.

Após uma década de instabilidade, a Líbia possui ainda dois governos rivais: um radicado em Benghazi e outro na capital Trípoli. A disputa instiga informações contraditórias e dificulta a resposta adequada ao desastre.

Também no sábado, Haidar al-Sayeh, chefe do Centro Nacional de Controle de Doenças, com sede em Trípoli, declarou estado de emergência por um ano nas regiões atingidas. Conforme al-Hajj, médicos líbios enfrentam dificuldades de acesso e problemas de logística.

“Equipes do Crescente Vermelho trabalham para distribuir ajuda àqueles afetados, resgatar os feridos e recuperar os mortos”, observou al-Sayeh.

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