O governo alternativo na Líbia, estabelecido pela Câmara dos Representantes radicada em Benghazi, exonerou todos os membros do conselho municipal de Derna, após a cidade ser devastada por inundações em 10 de setembro.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
A decisão foi tomada na noite de segunda-feira (18) por Osama Hamad, chefe do governo no leste do país, à medida que manifestações em Derna reivindicavam que autoridades fossem responsabilizadas pela catástrofe.
Derna foi a área mais atingida pela tempestade mediterrânea Daniel, cujas chuvas causaram o rompimento de duas barragens, agregando volume à enxurrada e à incipiente destruição. Casas foram destruídas e milhares de pessoas desapareceram.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), ao menos 3.958 pessoas morreram na Líbia devido às enchentes. Números prévios estimavam até 11.300 vítimas.
No sábado (16), Hamad disse que 3.253 pessoas foram sepultadas até então.
Mais de 40 mil pessoas foram deslocadas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Após uma década de instabilidade, a Líbia possui ainda dois governos rivais: um radicado em Benghazi e outro na capital Trípoli. A disputa alimenta informações contraditórias e dificulta a resposta adequada ao desastre.]
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