A pequena República de Fiji, país insular no Oceano Pacífico, enviou uma delegação chefiada pelo vice-premiê, Villiame Gavoka, a Israel para conduzir preparativos à inauguração de sua nova embaixada na cidade ocupada de Jerusalém, em 2024.
A medida é parte de promessas de campanha do partido de Gavoka.
As informações são da agência de notícias Reuters.
A delegação viajou em um voo fretado da Fiji Airways para participar do chamado Festival dos Tabernáculos em Israel (Sukkot), entre 29 de setembro e 6 de outubro.
“O estabelecimento da embaixada [em Jerusalém] representa um marco importante para as relações diplomáticas entre Fiji e Israel”, alegou uma porta-voz do primeiro-ministro, Sitiveni Rabuka, em email encaminhado à Reuters.
Em agosto, Papua-Nova Guiné, também no Pacífico, abriu sua missão a Israel em Jerusalém. Trata-se da quinta nação a fazê-lo, em detrimento da lei internacional, após Estados Unidos, Kosovo, Guatemala e Honduras. A grande maioria dos países mantém sua embaixada em Tel Aviv, centro econômico e capital de facto do Estado sionista.
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A decisão papuásia foi motivada por cristãos sionistas com forte presença política no país da Oceania. Segundo o premiê James Marape, Israel pagará pela missão por dois anos.
Rabuka concordou em abrir a embaixada em Jerusalém para obter apoio do Partido Liberal Social Democrata de Gavoka e compor assim uma nova coalizão de governo após as eleições de dezembro de 2022 — a primeira vez que Fiji mudou de gestão em 14 anos.
Em junho, Fiji alocou recursos à missão israelense em seu orçamento nacional. Mais tarde, o regime em Tel Aviv prometeu ajuda financeira, segundo o jornal Fiji Times.
Gavoka escreveu nas redes sociais, em agosto, que o endereço da embaixada em Jerusalém ocupada é “uma questão inegociável” para seu apoio ao governo.
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Israel reivindica Jerusalém como sua capital indivisível; no entanto, sem reconhecimento da comunidade internacional. Palestinos exigem que Jerusalém Oriental — capturada em 1967 — seja estabelecida como capital de seu futuro Estado independente.
A lei internacional considera Cisjordânia e Jerusalém Oriental como territórios ocupados.