Forças da ocupação israelense invadiram nesta quinta-feira (21) o Colégio Fundamental de Meninas Izzariyeh, na cidade ocupada de Jerusalém Oriental, reportou a agência Wafa.
Segundo a diretora Sireen Faroun, professores e estudantes ficaram chocados com os danos deixados pelo ataque. Soldados arrombaram portas, reviraram salas de aula e apreenderam câmeras de segurança.
O Ministério da Educação da Autoridade Palestina comentou o incidente como violação dos direitos fundamentais das crianças de receber educação em um ambiente seguro. Conforme a nota, o caso evidencia as circunstâncias precárias enfrentadas por professores e alunos em Jerusalém, devido à contínua guerra de Israel às instituições palestinas de ensino.
A pasta pediu à comunidade internacional, assim como agências de imprensa e organizações de direitos humanos, que assumam seus deveres em confrontar a escalada.
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O assédio israelense contra crianças palestinas é comum, incluindo intimidação e obstrução a seu acesso às escolas por soldados pesadamente armados.
Em maio, tropas israelenses invadiram a Escola Primária de al-Kurom para interrogar alunos e professores sob a mira de fuzis.
O incidente sucedeu um alerta de dez países — Bélgica, França, Itália, Espanha, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Reino Unido, Irlanda e Alemanha, além do escritório da União Europeia na Cisjordânia e Gaza — para que Israel revogasse práticas de demolição de estruturas civis nos territórios ocupados, incluindo escolas com financiamento europeu.
Israel ocupa a Cisjordânia desde 1967, em violação da lei internacional.
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