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Chefe do exército sudanês se reúne com líderes da ONU e de Haia em Nova York

Presidente do Conselho Soberano do Sudão, Abdel-Fattah al-Burhan, durante a 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, em 21 de setembro de 2023 [Ed Jones/AFP via Getty Images]

O general Abdel Fattah al-Burhan, chefe do exército e governante de facto do Sudão, reuniu-se com António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, e Karim Khan, promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), neste sábado (23), em Nova York.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Burhan disse a Guterres que seu governo está pronto para colaborar com a Organização das Nações Unidas (ONU) em todas as frentes necessárias para atenuar a crise enfrentada pelos cidadãos sudaneses, sob fogo cruzado desde abril.

O general enfatizou a necessidade, porém, de responsabilizar as tropas rebeldes — isto é, as Forças de Suporte Rápido (RSF) — por crimes de guerra e lesa-humanidade.

Guterres, por sua vez, prometeu “intensificar esforços para abrandar o sofrimento do povo sudanês e contribuir para solucionar o conflito em curso de maneira a preservar a existência do Estado e suas instituições”.

As conversas com Khan trataram dos “crimes cometidos pelas forças paramilitares na capital Cartum, em Darfur e em outras regiões do país”.

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Burhan alegou compromisso em garantir justiça às vítimas. Khan destacou que investigações correntes devem cobrir certas áreas do Chade e do Sudão.

Confrontos entre as Forças Armadas e as Forças de Suporte Rápido eclodiram em 15 de abril, deixou mais de cinco mil mortos, doze mil feridos e cinco milhões de deslocados, até então, segundo estimativas da ONU.

Burhan ordenou a dissolução das Forças de Suporte Rápido em 6 de setembro, ao acusar o grupo paramilitar de sedição, violações civis e sabotagem à infraestrutura do país.

O conflito deflagrou da pressão das Forças Armadas regulares em integrar as milícias aliadas a seu contingente regular. Os lados em confronto compartilhavam o poder desde um golpe militar que destituiu o regime transicional em 2021.

Em sua turnê em Nova York, onde discursou para a 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas Burhan pediu à comunidade internacional que designe o grupo adversário como “entidade terrorista”.

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