Milhares de pessoas tomaram as ruas de diversas cidades da França no sábado passado (23) para protestar contra a violência policial e o racismo institucional, ao exigir justiça e direitos civis. As informações são da agência de notícias Anadolu.
Os protestos ocorrem três meses depois da morte de Nahel Merzouk, de somente 17 anos, baleado e morto por um policial em Nanterre, na periferia de Paris, em junho. A vítima tinha ascendência argelina e marroquina, deflagrando manifestações de comunidades imigrantes e ativistas solidários.
O governo francês — em escala federal e em diversas cidades do país — é denunciado por políticas voltadas contra imigrantes árabes e africanos.
O chamado por um novo protesto foi lançado por dezenas de coletivos, sindicatos e partidos políticos, com objetivo de formar uma frente única contra o racismo.
Coletivos comunitários exibiram uma faixa com os dizeres “Coordenação nacional contra a brutalidade policial”.
Há risco de confrontos na cidade de Nice, após figuras de extrema-direita convocarem uma marcha “contra as drogas” próxima ao local de um ato contra o racismo, conforme alerta do serviço de inteligência local.
Mais de mil agentes foram mobilizados na capital Paris, segundo o comissário de polícia.
O Ministério do Interior instruiu as autoridades relevantes a manter “extrema vigilância”.