Figuras de liderança dos movimentos de resistência palestina Hamas, Jihad Islâmica e Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) se encontraram em Beirute, resultando em um comunicado segundo o qual consentem em ampliar esforços de coordenação.
Saleh al-Arouri, chefe adjunto do gabinete político do movimento Hamas, Ziad al-Nakhalah, secretário-geral do grupo de Jihad Islâmica, e Jamil Mezher, secretário-geral adjunto da FPLP, presidiram a reunião.
A imprensa israelense reagiu com alertas de eventual escalada nos territórios palestinos. No fim de semana, Israel voltou a bombardear Gaza, enquanto a Cisjordânia vivencia uma onda de violência colonial há meses, incluindo recordes de mortos.
Segundo Elior Levy, comentarista de assuntos palestinos da emissora estatal israelense Kan, o objetivo do evento é “exacerbar a situação de segurança, seja em Gaza, na Cisjordânia ou mesmo em outras áreas”.
“Tais encontros costumam acabar em segredo; dessa vez, no entanto, preferiram emitir uma mensagem ao mundo exterior, além de tirar uma foto juntos no encerramento”, insistiu Levy ao alegar se tratar de uma mensagem a Israel sugerindo “inclinação à escalada”.
Itay Blumenthal, correspondente militar para a rede Kan, confirmou: “Os establishments de segurança entendem que caminhamos a uma nova escalada em Gaza, razão pela qual outro batalhão passou a reforçar as Brigadas de Gaza às vésperas do Yom Kippur”.
Os grupos palestinos reforçaram a necessidade de apoiar a resistência ampla — incluindo a resistência armada —, como reação legítima à ocupação e apartheid, “ao manter a unidade em campo entre combatentes da liberdade para enfrentar as agressões sionistas”.
A ocupação israelense e seus ataques a civis são crimes de guerra e lesa-humanidade sob a lei internacional. Por outro lado, a resistência, incluindo a resistência armada, é reconhecida como legítima pelas mesmas normas e padrões internacionais.
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