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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

EUA admitem Israel a programa de isenção de visto

Carimbo de visto em passaporte estrangeiro, 6 de junho de 2020 [Chris Delmans/AFP via Getty Images]

O governo do presidente Joe Biden confirmou nesta quarta-feira (27) a admissão de Israel ao programa de isenção de vistos dos Estados Unidos, a partir de 30 de novembro.

As informações são da agência de notícias Reuters.

A decisão era esperada pelo Ministério de Relações Exteriores de Israel, segundo declaração emitida na segunda-feira (25).

Trata-se de uma vitória da coalizão de extrema-direita do premiê Benjamin Netanyahu, cujo relacionamento com Washington demonstra atrito devido a seus planos de reforma judicial e sua escalada colonial contra os palestinos.

Alejandro Mayorkas, secretário de segurança interna dos Estados Unidos, celebrou a medida por “fortalecer ainda mais os laços de segurança, econômicos e entre os povos de ambos os países”.

Sob os princípios de não-discriminação e reciprocidade, palestino-americanos radicados nos Estados Unidos e na Cisjordânia têm agora salvo-conduto a Israel via aeroporto Ben Gurion, para permanecer no país por 90 dias.

Para admissão ao programa, Washington exige critérios de contraterrorismo, policiamento, controle de imigração, documentação adequada e gestão de fronteiras.

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No período teste desde 20 de julho, Israel facilitou acesso a árabe-americanos. Ativistas, no entanto, advertem que décadas de discriminação, apartheid e assédio nas fronteiras devem continuar, uma vez que o governo extremista sinta-se seguro.

Entre 45 mil e 60 mil palestino-americanos vivem na Cisjordânia ocupada, segundo índices americanos. A estimativa do Estado colonial, contudo, é muito inferior: entre 70 mil e 90 mil palestino-americanos no mundo e apenas 15 mil a 20 mil na Cisjordânia.

Quarenta países são integrados ao programa de isenção de visto da Casa Branca. A adição de novos membros é notavelmente irregular — o último país integrado foi a Croácia, em 2021.

O secretário de Estado, Antony Blinken, insistiu que a medida “trará melhorias à liberdade de movimento para cidadãos americanos, incluindo residentes nos territórios palestinos”.

Um grupo de quatro senadores democratas, incluindo Chris Van Hollen, destacou que Israel falhou em cumprir todos os requisitos de não-discriminação. Na terça-feira (26), o Comitê de Combate à Discriminação Árabe-americano entrou com um processo contra a medida.

Um juiz de Detroit indeferiu o caráter emergencial da moção sob pretexto técnico, ao alegar que o departamento de segurança interna não recebeu notificação devido sobre o processo.

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