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Reino Unido pressiona Berlim a aprovar envio de jatos combatentes a Arábia Saudita

Primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, na sede do governo em Londres, 13 de setembro de 2023 [Rasid Necati Aslim/Agência Anadolu]

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, está pressionando a Alemanha a aprovar o envio de jatos combatentes à Arábia Saudita, em aparente tentativa de conter a crise econômica que assola o Estado britânico.

Segundo reportagem do Daily Telegraph, ao citar fontes anônimas, o governo de Sunak emitiu um apelo privado ao chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, para que suspenda o veto à entrega de jatos Eurofighter Typhoon à monarquia islâmica.

Em julho, Scholz reiterou a negativa de Berlim, ao menos no futuro próximo.

A Arábia Saudita já obteve 72 unidades da aeronave e assinou um memorando de entendimento com o Reino Unido, há cerca de cinco anos, para adquirir outros 48 jatos, em uma venda estimada em mais de £5 bilhões (US$6 bilhões).

Neste entremeio, no entanto, Londres e Berlim suspenderam as exportações de armas ao reino saudita devido a sua intervenção no Iêmen.

Ponderações sobre a venda voltaram à tona em julho, após um novo cessar-fogo mediado pelas Nações Unidas e uma retomada considerável no diálogo entre Riad e as forças rebeldes houthis — ligadas a Teerã.

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O jato Eurofighter Typhoon é fabricado desde meados da década de 1980, por meio de um consórcio de empresas militares como a BAE Systems britânica e companhias alemãs, italianas e espanholas, com suporte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

A participação alemã dá a Berlim poder de veto sobre eventuais vendas.

Parte do assertivo lobby britânico inclui, segundo relatos, ameaças ao governo alemão de remoção do programa por meio de uma cláusula legal.

O acordo é usado por populistas de direita estabelecidos em Londres como favorável à economia do país, sobretudo ao supostamente preservar milhares de empregos nas fábricas da BAE Systems no norte da Inglaterra.

Conforme relatório da empresa publicado no ano passado, o programa contribui anualmente com £1.4 bilhão (US$1.7 bilhão) à economia, além de cinco mil empregos diretos e 15 mil empregos indiretos, tornado-o um recurso estratégico ao país.

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