O conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) deferiu nesta quinta-feira (28) um empréstimo de US$1.32 bilhões, com prazo de 18 meses, para ajudar o Marrocos a administrar desastres relacionados ao clima, reportou o Fundo de Resiliência e Sustentabilidade do órgão financeiro em comunicado.
Segundo informações da agência Reuters, o país norte-africano pediu recursos do novo consórcio do FMI muito antes de um terremoto devastar a região da cordilheira de Alto Atlas em 8 de setembro, matando 2.900 pessoas.
A resposta positiva antecede em poucas semanas encontros do FMI e do Banco Mundial na cidade de Marrakech, entre 9 e 15 de outubro.
Kristalina Georgieva, diretora do FMI, confirmou o empréstimo neste mês, ao observar que o conselho analisaria um acordo em nível de equipe com a monarquia africana posteriormente.
Conforme o FMI, o acordo “ajudará o Marrocos a tratar de vulnerabilidades naturais, ampliar sua resiliência às mudanças climáticas e garantir oportunidades de decarbonização”. Os recursos devem também ajudar o país a se manter pronto a desastres naturais e estimular o financiamento público em desenvolvimento sustentável.
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O arranjo coincide com os 18 meses restantes de uma Linha de Crédito Flexível de dois anos aprovada ao país em abril de 2023.
Julie Kozack, porta-voz do FMI, disse a repórteres nesta quinta-feira que as entidades financeiras decidiram proceder com seu encontro anual em Marrakech sob garantias de não prejudicar os esforços de assistência e reconstrução.
Kozack reiterou que os eventos terão de ser adaptados às circunstâncias; contudo, sem detalhes. Um cronograma está em processo de finalização, observou.
Segundo a porta-voz, os encontros são previstos há cinco anos, adiados duas vezes devido à pandemia de covid-19, em um momento crítico à economia global.
“Tenho confiança de que os eventos mostrarão a força do Marrocos, do povo e das autoridades marroquinas”, declarou Kozack. “É a primeira vez em 50 anos que este encontro anual será realizado no continente africano”.
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