A Liga Árabe suspendeu contatos com o presidente sírio Bashar al-Assad, devido a seu fracasso em abordar uma série de demandas da organização, como combate ao tráfico de drogas e soluções à questão dos refugiados espalhados por toda a região.
Segundo relatos da imprensa, com diversas fontes diplomáticas árabes, o comitê de ministros da organização suspendeu os encontros com emissários sírios.
O jornal saudita Al-Sharq Al-Awsat reportou a interrupção das conversas entre Síria e Líbano devido ao fracasso em devolver milhares de refugiados ao país assolado pela guerra.
Segundo a reportagem, o regime em Damasco tampouco cooperou na questão dos narcóticos, incluindo o tráfico de captagon — anfetamina que se tornou conhecida por seu uso regular por combatentes do grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico)
A rede estatal russa RIA Novosti disse que a Liga Árabe “congelou contatos com representantes” de Assad devido a suposta “pressão direta do governo dos Estados Unidos”.
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O comitê ministerial da Liga Árabe — composto por oficiais de diversos países, como Arábia Saudita, Jordânia, Iraque, Líbano e Egito, além do secretário-geral — reuniu-se neste ano com intuito de administrar e supervisionar a reconciliação com a Síria, após o Estado levantino ser readmitido ao órgão regional.
A Síria permaneceu afastada por 12 anos devido a sua repressão a protestos populares por democracia e à violenta guerra civil — ainda em curso no país.
Analistas e ativistas advertem que a reintegração de Damasco ao grupo não ajudará a solucionar a crise, mas sim encorajará o regime a expandir suas violações.
Cerca de quatro meses depois da readmissão de Assad, diversos problemas persistem e mesmo se deterioraram, incluindo instabilidade de segurança, falta de reformas institucionais, questão migratória e tráfico de drogas por toda a região.
Segundo relatos, o tráfico de drogas a partir do território sírio — usado por Assad para contornar as sanções e financiar seu regime — de fato aumentou desde então.
A suspensão das conversas com o regime sírio não significa ruptura imediata nas relações, mas sim interrompe provisoriamente o “processo de paz”.
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