Pelo menos 29 soldados do Níger foram mortos em uma emboscada feita por insurgentes perto da fronteira do país com o Mali, segundo o Ministério da Defesa, o ataque mais mortal desde que os militares tomaram o poder em um golpe em julho, informa a Reuters.
A junta do Níger também negou que tenha aceitado uma oferta da Argélia para atuar como mediadora para resolver sua crise política, embora a Argélia tenha dito ontem que recebeu uma notificação oficial da aceitação do Níger.
A junta disse em um comunicado ontem que ficou surpresa com a afirmação da Argélia de que o Níger havia concordado em atuar como mediador e que rejeitava suas conclusões.
O Níger e seus vizinhos Mali e Burkina Faso, também comandados por governos militares que tomaram o poder por meio de golpes, estão lutando contra militantes ligados à Al-Qaeda e ao Daesh, que mataram milhares de pessoas e deslocaram mais de dois milhões de pessoas na região do Sahel. Eles assinaram um pacto de segurança no mês passado, prometendo defender uns aos outros contra rebeldes ou agressores.
O ataque no Níger ocorreu quando os soldados estavam retornando das operações contra os militantes. Eles foram alvos de mais de 100 assaltantes em veículos e motocicletas que usavam dispositivos explosivos e homens-bomba. “O número provisório de vítimas do ataque é o seguinte: 29 soldados caíram em combate e dois ficaram feridos”, disse o Ministério da Defesa em uma declaração lida na televisão nacional do Níger, acrescentando que várias dezenas de assaltantes foram mortos.
Não especificou qual grupo foi responsável ou quando exatamente ocorreu a emboscada, mas disse que a operação militar ocorreu entre 26 de setembro e 2 de outubro.
Foram declarados três dias de luto nacional.
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