O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, comandou uma série de invasões e revistas a celas na penitenciária de Gilboa, nesta quarta-feira (4).
As informações são da agência de notícias Wafa.
Bombas de efeito moral foram utilizadas contra os prisioneiros palestinos.
Segundo a ong Sociedade dos Prisioneiros Palestinos (SPP), que monitora violações de direitos civis, o Serviço Penitenciário de Israel (SPI) intensificou seus ataques contra os presos palestinos, incluindo revistas e transferências arbitrárias.
A operação de ontem é a terceira em apenas uma semana, após recentes ações na Ala 5 da penitenciária de Raymond Prison e transferência de diversos prisioneiros.
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Segundo a SPP, os principais alvos são palestinos condenados a sentenças duradouras.
Desde janeiro, medidas punitivas contra os palestinos presos se intensificaram nas cadeias de Israel. Prisioneiros são privados de receber visitas de seus parentes, de usar o banheiro adequadamente, entre outros abusos.
Como resultado das arbitrariedades, há determinação cada vez maior entre os prisioneiros para que recorram à greve de fome.
Tel Aviv mantém cerca de 5.200 prisioneiros palestinos em suas cadeias, incluindo 38 mulheres, 170 menores e mais de 1.250 pessoas em detenção administrativa — sem julgamento ou sequer acusação.
Entre os presos, estão 700 pacientes de diversas enfermidades, incluindo 24 pacientes oncológicos, sob flagrante negligência médica.
Israel justifica suas detenções sem o devido processo sob o pretexto de segurança. Grupos de direitos humanos advertem que tais mecanismos são utilizados para perseguir ativistas.