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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Polícia israelense busca autorização para disparar munição real contra manifestantes

Equipes médicas resgatam palestino ferido por forças israelenses na Faixa de Gaza, em 26 de setembro de 2023 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

A polícia israelense e o Ministério de Segurança Nacional — encabeçado pelo deputado de extrema-direita Itamar Ben-Gvir — buscam alterar as “regras de engajamento” para poder utilizar munição real contra protestos palestinos, afirmou nesta quarta-feira (4) a emissora estatal Kan.

A reforma tem como alvo “árabe-israelenses” — isto é, palestinos do território considerado Israel, ocupado durante a Nakba ou “catástrofe”, mediante limpeza étnica, em 1948 —, sob pretexto de impedir a obstrução de estradas a operações militares.

Segundo as informações, a questão foi debatida após protestos em cidades árabes ou mistas durante os bombardeios a Gaza em maio de 2021.

As mudanças foram propostas pelo chefe de polícia, Kobi Shabtai, e o então diretor-geral do Ministério de Segurança, Shlomo Ben Eliyahu — que recentemente se demitiu.

A ideia é contornar descobertas da Comissão Or, responsável por investigar os eventos de outubro de 2000, quando a polícia israelense matou 13 manifestantes e feriu centenas. A comissão advertiu contra “o uso de munição para dispersar multidões”.

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O relatório defendeu que “a polícia deve instilar em seus oficiais a compreensão de que o público árabe não é e não deve ser tratado como inimigo”.

Após 20 anos, no entanto, um novo comitê reunido para formular recomendações à criação de uma Guarda Nacional sob comando de Ben-Gvir — denunciada como milícia particular — engajou-se em atenuar restrições ao uso de munição real.

Nesse entremeio, o Centro Legal para os Direitos da Minoria Árabe em Israel (Adalah) e o Alto Comitê de Acompanhamento para Cidadãos Árabes de Israel confirmaram recorrer à Organização das Nações Unidas e outros fóruns internacionais para garantir proteção aos palestinos.

Desde a posse do novo governo israelense do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, composto por lideranças de extrema-direita, a região vive uma escalada flagrante nas agressões coloniais e no terrorismo de Estado.

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