Um oficial de inteligência do Egito, em condição de anonimato, reiterou que Israel ignorou sucessivos alertas de que “algo grande” estava a caminho por meio de ações da resistência palestina.
Segundo a fonte, autoridades israelenses se concentraram na Cisjordânia ocupada e subestimaram os riscos de Gaza, sob cerco militar há 17 anos.
“Alertamos a eles que a situação explodiria em breve, muito breve, e que seria algo grande. Mas eles subestimaram nossos alertas”, disse o oficial à Associated Press.
O governo no Cairo costuma mediar negociações entre Israel e as facções palestinas de Gaza, nos sucessivos ciclos de violência que assolam a região.
Os dois milhões de moradores de Gaza não têm acesso ao mundo externo, à medida que o regime militar de Abdel Fattah el-Sisi presta assistência no rigoroso bloqueio israelense, em franca violação do direito de ir e vir da população civil.
A coalizão de extrema-direita israelense é composta por diversos colonos ilegais que vivem nos assentamentos da Cisjordânia ocupada e trabalham para anexar a área. Desde janeiro, quando tomou posse, ataques a palestinos, suas terras e santuários escalaram.
O ano de 2023 já é o mais letal aos palestinos, nas mãos de soldados e colonos da ocupação, desde que a Organização das Nações Unidas passou a registrar as estimativas.
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