Um total de 765 palestinos foram mortos pelos três dias de bombardeio israelense a áreas civis da Faixa de Gaza, em retaliação à maior ação de resistência em décadas, que resultou em uma incursão por terra em assentamentos e bases militares e tomada de reféns.
Os números foram divulgados em nota pelo Ministério da Saúde de Gaza.
Outras quatro mil pessoas ficaram feridas.
Em comunicado prévio, o ministério observou que 143 crianças estão entre os mortos.
Nos últimos três dias, Gaza sofre duro bombardeio por ar e terra, deixando um rastro de destruição na precária infraestrutura civil da faixa costeira.
O exército israelense insiste que seus alvos são instalações dos grupos de resistência Hamas e Jihad Islâmica. O Ministério do Interior de Gaza, no entanto, reitera que áreas residenciais inteiras foram destruídas.
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A Operação Tempestade de Al-Aqsa foi lançada por volta das 6h15 da manhã de sábado contra postos militares e assentamentos no território designado Israel — isto é, tomado durante a Nakba ou “catástrofe”, mediante limpeza étnica, em 1948.
A ação é resposta às violações do regime de apartheid na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, à escalada de violência colonial na Cisjordânia e o cerco militar sufocante imposto contra Gaza há 17 anos.
Em retaliação, Israel anunciou sua Operação Espadas de Ferro, com ataques aéreos indiscriminados a Gaza desde então.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, recorreu a uma retórica racista para confirmar sua nova escalada no cerco e na punição coletiva aos residentes palestinos: “Sem luz, sem comida, sem água. Estamos combatendo animais”.
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