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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel continua a bombardear Gaza ‘mesmo sob risco de ferir seus reféns’

Palestinos coletam seus pertences em meio aos escombros do bairro al-Rimal, após bombardeios israelenses, na Cidade de Gaza, em 10 de outubro de 2023 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

Israel decidiu manter seu bombardeio de larga escala contra os dois milhões de palestinos da Faixa de Gaza sitiada “mesmo sob risco de ferir” cidadãos detidos como prisioneiros de guerra pelo movimento de resistência Hamas, reportou na noite desta segunda-feira (9) a rádio militar israelense.

“Temos indícios de que o Irã levou o Hamas a agir e está levando o Hezbollah a se preparar para a batalha”, declarou uma fonte anônima à rádio israelense; entretanto, sem conceder evidências. “Se houver inteligência precisa sobre a localização dos prisioneiros, é claro que Israel evitará atacar as áreas; sem informações, todos os alvos do Hamas serão atingidos”.

Segundo a reportagem, o regime israelense “não especifica quanto tempo durará a guerra”, mas um oficial de alto escalão comentou: “Muitos dias, talvez muitas semanas, quem sabe, ainda mais”.

O premiê israelense Benjamin Netanyahu afirmou que seus bombardeios indiscriminados contra áreas civis — em franca violação da lei internacional — têm como intuito privar as capacidades do Hamas de ferir Israel.

Outro oficial israelense descreveu as ações como “bastante amplas, cuja interpretação não se limita”, ao reiterar: “Não queremos ser mais específicos do que somos, mas certamente não poderá haver um Estado do Hamastão”.

O termo “Hamastão” ganhou eco no Estado ocupante após o Hamas vencer as eleições palestinas de 2006. Israel não acatou os resultados, estabeleceu seu cerco sobre Gaza e forçou o então grupo político ao exílio na faixa costeira — a qual governa desde então.

A expressão é carregada de racismo e islamofobia: o sufixo “istão” tem raízes persas, não árabes, mas é abraçada por orientalistas como guarda-chuva para movimentos islâmicos.

LEIA: O mito de que Israel pode continuar a “administrar o conflito” com os palestinos está em ruínas

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