A rádio estatal israelense Kan reportou nesta terça-feira (10) que o governo israelense concordou em convocar até 360 mil reservistas de todo o mundo.
Segundo as informações, trata-se dos preparativos para “uma longa campanha militar”, no contexto de bombardeios indiscriminados de Israel contra a Faixa de Gaza sitiada e tensões na fronteira libanesa.
Enquanto colonos lotam o aeroporto de Tel Aviv para deixar o país, o exército anunciou, no entanto, a chegada de centenas de soldados da Europa desde sábado.
“Como parte de esforços militares para reunir forças adicionais e manter os combates, as aeronaves Rhino e Sansão transportaram centenas de soldados que estavam em diversos países da Europa”, declarou o comunicado.
“Sua chegada a Israel foi coordenada pelo Ministério de Relações Exteriores, Departamento de Operações, Força Aérea, Departamento de Estratégia e 3° Batalhão das Forças Armadas”, prosseguiu a nota.
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Em torno das 6h15 de sábado (7), as Brigadas al-Qassam, braço armado do movimento de resistência Hamas, lançaram a Operação Tempestade de Al-Aqsa, contra postos militares e assentamentos no território designado Israel — ocupado durante a Nakba ou “catástrofe”, mediante limpeza étnica, em 1948.
A ação é resposta às violações do regime de apartheid na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, à escalada de violência colonial na Cisjordânia e o cerco militar sufocante imposto contra Gaza há 17 anos.
Em retaliação, Israel anunciou sua Operação Espadas de Ferro, com ataques aéreos indiscriminados a Gaza desde então.
Um total de 765 palestinos foram mortos pelos três dias de bombardeio israelense a áreas
civis de Gaza, incluindo 140 crianças, segundo o Ministério da Saúde do território costeiro. Mais de quatro mil pessoas ficaram feridas.
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