![Uma criança palestina ferida é vista após ataques aéreos israelenses no campo de refugiados de al-Shati, na Faixa de Gaza, em 9 de outubro de 2023 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2023/10/AA-20231009-32348956-32348932-ISRAELI_AIRSTRIKES_CONTINUE_IN_GAZA-scaled-1.webp?resize=933%2C622&quality=75&strip=all&ssl=1)
A estreita Faixa de Gaza, maior prisão a céu aberto do mundo, vive mais uma vez bombardeios massivos por parte de Israel que deixaram até o momento 765 palestinos, sendo 143 crianças, 4 mil feridos e mais de 120 mil deslocados internamente. Em solidariedade ao povo palestino, a Frente em Defesa do Povo Palestino, que reúne uma série de organizações brasileiras e da comunidade árabe-palestina, chama um ato público nesta terça-feira (10/10), às 18h30, no espaço cultural e restaurante palestino Al Janiah.
O protesto se dá num momento em que se faz mais necessário denunciar a ocupação, colonização e regime de apartheid a que estão submetidos os palestinos há mais de 75 anos – desde a Nakba, a catástrofe com a formação do Estado de Israel em 15 de maio de 1948 mediante limpeza étnica planejada. Faz-se necessário lembrar que o direito internacional assegura o legítimo direito à resistência ao povo que vive sob ocupação e apartheid.
Antes mesmo dos últimos acontecimentos, Israel já havia matado mais de 250 palestinos que vivem sob ocupação, tendo todos os seus direitos humanos fundamentais violados cotidianamente. O campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, enfrenta uma série de incursões israelenses violentas desde o início de 2023, com muitas perdas de vidas palestinas. Pogroms protagonizados por colonos israelenses são outra face vivenciada neste ano pelos palestinos. Em meio a feriado judaico, a Mesquita de Al-Aqsa foi invadida pelo menos cinco vezes.O regime de apartheid é reconhecido pela Anistia Internacional, Human Rights Watch, a organização israelense de direitos humanos BT´Selem, entre outras, e vem sendo denunciado há anos pelo movimento BDS (boicote, desinvestimento e sanções) a Israel, sem que a comunidade internacional tome as devidas iniciativas para pôr fim a essa situação.
O ato em São Paulo expressará a solidariedade com o povo palestino ao mesmo tempo que denunciará todos esses crimes cotidianos contra a humanidade por parte de Israel, exigindo de governos que reconheçam o apartheid e assim, rompam acordos, começando por embargo militar imediato. Entender o contexto histórico é fundamental para que não se perpetue a injustiça e se cesse toda forma de cumplicidade com ela.
Fim dos bombardeios a Gaza! Todo apoio à resistência legítima palestina!
Serviço:
Ato em Solidariedade a Palestina
Data: 10/10/23 , às 18h30
Local: Al Janiah – Rua Rui Barbosa, 269, Bixiga/SP