Os números do Escritório de Coordenação Humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) para a destruição imposta por “israel” à faixa palestina de Gaza são impressionantes e denotam o desejo “israelense” de cumprir a promessa de destruição total do território e aniquilar sua população. Demonstram, também, que os dirigentes de “israel” merecem ser alertados como nazistas e os grandes veículos de comunicação empresariais de seus cúmplices ativos.
Dados do início da manhã desta terça-feira (10) informam da destruição de 5,3 mil edifícios e perto de mil residências, deixando entre 190 mil e 200 mil pessoas sem suas casas, que, no momento, estão sendo realocadas para mais de 80 instalações da ONU. Mesmo nestas instalações elas não estarão integralmente seguras, visto que em ações “israelenses” desta natureza anteriores, tanto em Gaza quanto no Líbano, os abrigos da ONU foram bombardeados, mesmo sob alerta prévio para que não fossem alvo.
A eletricidade, que há anos é fornecida, em média, apenas quatro horas por dia, agora está em três, com alguns lugares, devido à destruição, sem nenhuma energia. As implicações disto também são graves, especialmente para hospitais e refrigeração de alimentos perecíveis. Sem contar que dentro em pouco, na Palestina, começa o inverno, com temperaturas médias inferiores às brasileiras, às vezes congelantes.
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A destruição, conforme os morticínios anteriores nesta parte da Palestina ocupada, especialmente os de 2008/9 e 2014, do sistema geral de saúde é implacável e, seguramente, proposital. São dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), que informa, ainda, que já são 13 as instalações de saúde atingidas, algumas delas as principais de Gaza. Também foram destruídas nove ambulâncias, seguramente quando socorriam feridos ou quando os levavam para hospitais, resultando nas mortes de seis profissionais de saúde.
A tragédia aumenta quando os estoques de medicamentos nos hospitais estão esgotados e os centros de atendimento já enfrentando superlotação. São mais mortes anunciadas, senão programadas, às centenas ou milhares apenas pela falta de atendimento, para não falar da falta de infraestrutura hospitalar, porque destruída, bem como de ambulâncias pela mesma razão.
Ou seja: os dirigentes “israelenses” não falam apenas em genocídio; eles promovem o genocídio. Eles não falam apenas como nazistas; agem como nazistas.
É por isso que os alertas dados – e que não são novos, mas somente agora feitos por mais e mais pessoas que passaram a não temer a chantagem da acusação grosseira de “antissemitismo” (integralmente semitas são os palestinos, não os colonos euro-judeus) – da escalada nazista dos sionistas precisa ser levada a sério.
Se não for, “israel” pode levar a humanidade à destruição, por uma terceira guerra mundial, possivelmente nuclear. É bom sempre recordar que a ex-primeira-ministra de “israel” e criminosa de guerra Golda Meir, quando da guerra de 1973, diante da derrota iminente frente aos exércitos do Egito e da Síria, ameaçou usar armas nucleares. Isso só não aconteceu porque os EUA assumiram a guerra, a executaram de fato e isso levou à derrota da parte árabe, em que pese os louros serem propagados pela máquina de propaganda de guerra sionista.
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Máquina de guerra, aliás, que está em andamento agora, com participação ativa e massiva dos grandes veículos de comunicação empresariais brasileiros. Nem a máquina de propaganda de guerra nazista chegou a tanto. É possível que as mentiras após o 11 de setembro (2001), que levaram às destruições do Iraque e do Afeganistão, com centenas de milhares de mortes (estima-se 1 milhão só no Iraque), tenha sido superada agora.
E isso é crime de lesa-humanidade, pois promover, por meio da propaganda, o extermínio de povos, também é crime tipificado pelo Direito Internacional. Está na hora de pagarem pelas mortes físicas os que as promovem antes nas manchetes. O genocídio midiático não é menor que o das bombas, porque é eles que as permite e legitima.
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