O Programa Alimentar Mundial (PAM), agência humanitária das Nações Unidas, anunciou nesta terça-feira (10) operações assistenciais de emergência a 800 mil palestinos de Gaza sitiada e Cisjordânia ocupada.
O PAM fez coro aos apelos da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que sejam abertos corredores humanitários que possibilitem o acesso de assistência imediata a Gaza, incluindo salvo-conduto de equipes e bens essenciais.
O PAM observou que as próximas quatro semanas, sob situação crítica, demandam um orçamento adicional de US$17.3 milhões.
“Todas as fronteiras e checkpoints entre Gaza e Cisjordânia estão fechados, o que exacerba ainda mais a crise, ao impedir a entrada do tão necessário socorro humanitário”, advertiu a organização.
Em torno das 6h15 de sábado (7), as Brigadas al-Qassam, braço armado do movimento de resistência Hamas, lançaram a Operação Tempestade de Al-Aqsa, contra postos militares e assentamentos no território designado Israel — ocupado durante a Nakba ou “catástrofe”, mediante limpeza étnica, em 1948.
A ação é resposta às violações do regime de apartheid na Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, a escalada de violência colonial na Cisjordânia e o cerco militar sufocante imposto contra Gaza há 17 anos.
LEIA: Jornal israelense diz que Israel mata família de líder do Hamas
Em retaliação, Tel Aviv anunciou sua Operação Espadas de Ferro, com ataques aéreos indiscriminados a Gaza desde então. Além disso, ordenou corte no abastecimento de insumos básicos, com apoio dos Estados Unidos e Europa.
A medida — que afeta 2.4 milhões de pessoas; metade, crianças — equivale a punição coletiva e é crime de guerra conforme a lei internacional.
Um total de 830 palestinos foram mortos pelos quatro dias de bombardeio israelense a áreas civis de Gaza, incluindo 140 crianças, segundo o Ministério da Saúde do território costeiro. Ao menos 4.250 pessoas ficaram feridas.