Reservistas franco-israelenses estão indo a Tel Aviv para se juntar às forças de ocupação sionistas, à medida que o genocídio contra o povo palestino avança. Muitos começaram a deixar a França, com reservas para os primeiros voos possíveis, informou a emissora francesa BFMTV.
Chegando ao aeroporto Charles de Gaulle, na capital, Paris, o soldado da reserva israelense, Mickael Alhadeff, disse que pegaria o primeiro voo disponível para a região para se juntar ao exército.
O governo francês tem sido criticado nas redes sociais por permitir que pessoas viajem para Israel, ao mesmo tempo que proíbe outras pessoas de viajarem para apoiar a Palestina, bem como manifestações contra o genocídio que acontece há sete dias em Gaza – reprimindo os gigantescos protestos que desafiaram essa ordem.
LEIA: ‘A hipocrisia do Ocidente em relação à fuga de Gaza é de revirar o estômago’
O Hamas lançou a Operação “Tempestade de Al-Aqsa” em resistência a Israel na manhã de sábado, dia 7 de outubro, disparando uma saraivada de foguetes contra a quarta potência bélica do mundo. A ação, que incluiu infiltração por terra, se deu em resposta aos ataques à Mesquita de Al-Aqsa na Jerusalém Oriental ocupada e ao aumento da violência dos colonos em meio à contínua Nakba (catástrofe palestina que já dura mais de 75 anos).
De acordo com o Ministério da Saúde de Israel, a operação de resistência do Hamas deixou 800 israelenses mortos e feriu outros 2.800. Israel conduz desde então uma brutal ofensiva em retaliação, avançando na limpeza étnica na estreita faixa. Até o momento já despejou mais de 6 mil bombas sobre a população de Gaza. Segundo a Agência Anadolu, em apenas seis dias, já havia matado 1.417 palestinos, entre os quais 447 crianças e 248 mulheres, deixando pelo menos 6.268 feridos.
Na manhã da última segunda-feira, dia 10, um porta-voz militar disse que o exército israelense convocou cerca de 100 mil reservistas.
LEIA: Bombas caem em Gaza, crianças se perguntam: por que nos matam?