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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Primeiro-ministro britânico é alertado para risco de processo por cumplicidade em crimes de guerra em Gaza

Membros da defesa civil e residentes conduzem operações de busca e resgate em meio a escombros e edifícios destruídos após a continuação dos ataques aéreos israelenses no sétimo dia em Rafah, Gaza, em 13 de outubro de 2023. [Abed Rahim Khatib/Anadolu]

O Centro Internacional de Justiça para os Palestinos (ICJP) emitiu ao primeiro-ministro Rishi Sunak um aviso severo de que autoridades do governo do Reino Unido podem ser individualmente responsabilizadas por seu papel no auxílio e incentivo aos crimes de guerra israelenses. Sunak recebeu o alerta pelo papel de funcionários do governo britânico no fornecimento de apoio militar, econômico e político a Israel, o que ajudou na perpetração de crimes de guerra por parte de Israel.

Esse alerta ocorre em um momento em que a Unidade de Crimes de Guerra da Scotland Yard abriu solicitações de provas relacionadas a crimes de guerra na região. Em uma incrível reviravolta, isso pode levar funcionários do governo britânico a serem processados por crimes de guerra Os indivíduos também poderão ser processados pelo Tribunal Penal Internacional.

A decisão de processar vem em resposta à diretriz de Israel para que 1,2 milhão de pessoas em Gaza deixassem imediatamente suas casas no norte de Gaza e se mudassem para o sul. Essa ordem para deslocamento forçado em massa pode ser considerada tanto um crime de guerra quanto um crime contra a humanidade. O cerco a Gaza, restringindo eletricidade, alimentos, água e outras necessidades básicas, constitui punição coletiva, que também é um crime de guerra segundo a Convenção de Genebra. Ao mesmo tempo, Israel continuou a bombardear Gaza com ataques aéreos maciços e indiscriminados, matando mais de 1.799 pessoas, incluindo 583 crianças.

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O governo do Reino Unido forneceu assistência militar e apoio econômico e político. Agora que os crimes de guerra foram cometidos, a continuação desse apoio e dessa assistência significaria que os funcionários do governo britânico seriam cúmplices do cometimento de crimes de guerra e, possivelmente, de crimes contra a humanidade. Essa cumplicidade, formalmente conhecida como “auxílio e instigação” a crimes de guerra, pode significar que os funcionários do governo do Reino Unido são individualmente responsáveis criminalmente por violar a lei internacional.

O codiretor do ICJP é o deputado Crispin Blunt, ex-presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns e ex-ministro da Justiça. Ele é um forte apoiador do Primeiro-Ministro Sunak e, com o alerta, tenta desviá-lo do grave erro  político. Ele concorda com o  forte apoio emocional do governo a Israel ao que considera um terrível crime de guerra  do Hamas no último sábado contra Israel, ao mesmo tempo em que orienta Israel a aceitar as restrições que a lei internacional impõe

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